06/05/2016
Verdades sobre escolhas, verdades sobre a vontade do ser humano, verdades sobre fraquezas. A palestra do escritor Jorge Luis Martins não será somente destinada para o público com direito de ir e vir em Ponta Grossa. A presença do escritor, com a palestra “Falando Verdades”, foi confirmada nas unidades prisionais de Ponta Grossa. Nos dia 6 e 7 de julho, Jorge visitará e passará sua história de superação de vida na Penitenciária Estadual de Ponta Grossa, na Cadeia Pública Hildebrando de Souza e no Centro de Sócioeducação de Ponta Grossa. O autor do livro “Meu Nome é Jorge” vêm ao município a convite do Pegaí Leitura Grátis, que na ocasião estará comemorando seu aniversário de três anos. A palestra para o público em geral está marcada para o dia 7 de julho a partir das 19 horas no Grande auditório do Campus Central da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Para assistir basta adquirir o ingresso trocando por um livro de literatura.
O Pegaí conta com estantes na Penitenciária e na Cadeia Pública. Com a boa aceitação do público e pela história de superação de Jorge, a diretoria das instituições aceitou abrir suas portas e mostrar aos apenados que há opções para aquelas pessoas que traçaram seus caminhos e chegaram ao mundo do crime. Como eles, o escritor já passou um breve tempo de sua vida preso. Mesmo que injustamente, ele deu a volta por cima e conta que hoje, além de escritor é um empresário bem-sucedido.
“O tema é atual e abrangente sobre as questões sociais que vivi. Minha vida foi como de muitas crianças e jovens que vivem no abandono”, relata o autor, completando que em muitos casos, estes jovens entendem que o envolvimento com as drogas e que a contravenção são as melhores maneiras de ganhar dinheiro. “Para eles ser empresário, ou médico não é uma realidade possível. Acham que esta vida é só para os ricos”, destaca. E é este o motivo de suas apresentações. “Sou uma prova viva de que podemos conseguir, e isso, dependo muito de nós mesmos, já que o que diferencia um ser humano do outro é a vontade”, revela.
Antes de conhecerem Jorge pessoalmente os atendidos pelas três instituições poderão conhecer sua história através das páginas de seu livro. “Vamos disponibilizar exemplares a partir do mês de junho”, adianta o coordenador do Pegaí, Idomar Augusto Cerutti. Para Jorge, depois de superar todos os tipos de injustiças, a sua missão é contar a sua história e tentar, através dela, mudar a vida de outras pessoas. “Eu tenho este propósito”, avalia. Quanto ao público da Penitenciária , da Cadeia e do Centro ele o atenderá com prazer. “Já tenho experiência. Inclusive sou padrinho de uma biblioteca de um Centro de Sócio Educação”, conta.
Para o diretor da Cadeia Pública Hildebrando de Souza, Bruno José Propst, será uma ótima experiência a ser passada para os apenados de sua instituição. “Acreditamos que muitas pessoas estão aqui, pois nunca tiveram um bom exemplo”, avalia. “Talvez este despertar, seja com a história de um livro, ou com um relato, seja uma vida a ser poupada lá fora”, completa. Conforme Propst, a sociedade de uma maneira geral acredita que os apenados não são um problema seu. “Mas se esquecem de que em algum momento eles voltaram a ser parte dela”, finaliza.