14/08/2020
Finalista do Prêmio Jabuti em 2019, o Pegaí participou da LIVE #JabutiConvida, com um bate-papo entre Marcos Marcionilo, membro do Conselho Curador da atual edição do Jabuti, e Idomar Augusto Cerutti, Coordenador do Pegaí Leitura Grátis. O evento aconteceu na tarde da última quinta-feira (13) e teve transmissão pelo Facebook da Câmara Brasileira do Livro, CBL.
Na ocasião, Marcionilo buscou conhecer mais sobre a iniciativa do Pegaí, seu propósito e a forma de trabalho. Ele teve contato com o projeto no último ano, devido à sua classificação como finalista no Eixo Inovação – Fomento à Leitura, o que rendeu grande visibilidade ao Pegaí Leitura Grátis.
O Coordenador do projeto, professor Idomar, compartilhou um pouco da história que impulsionou a organização do Pegaí. “Em 2013 eu acompanhei o final de uma reportagem no Jornal Nacional que contava a ação de um grupo de motoboy que tinha uma bicicloteca em São Paulo. Eles levavam os livros numa praça e deixavam à disposição das pessoas. Aquilo foi estalo para eu dar o primeiro passo”, conta.
Um dos grandes destaques da conversa foi o trabalho do time de voluntários, responsáveis por fazer o Pegaí acontecer. Cerutti explicou que existe um processo para a entrada de novos voluntários no time. Para isso, é feita uma capacitação e alinhamento, de forma a garantir que as pessoas que estejam envolvidas com o projeto possam efetivamente contribuir com ele. “As pessoas precisam saber o que nós fazemos para realmente nos ajudarem. A grande força do Pegaí é nosso voluntariado! Temos mais de 170 pessoas, das mais diversas áreas. Advogado, empresário, balconista, fotógrafo, jornalista, empacotador, caixa… São pessoas que acreditam no que fazemos e dedicam seu tempo ou sua expertise para nos ajudar”, afirma.
Para o Conselheiro do Jabuti, o Pegaí faz um nobre trabalho pela democratização da leitura. “Nós somos um país de não leitores. E quando surge uma iniciativa como a do Pegaí, a gente vê que somos um país de não leitores não porque não haja a vontade de ler, mas porque não há oportunidade de ler. É uma necessidade no Brasil iniciativas como essa”, destaca Marcionilo.
Na prática, o que o Pegaí faz é disponibilizar livros para as pessoas, sem restrições e burocracia. “O Pegaí não tem nada de mirabolante em sua proposta. A grande maioria das pessoas têm livros parados em casa. E tem muita gente que gostaria de ler e que não tem acesso. O Pegaí faz essa ponte! A gente estimula a doação dos livros e disponibiliza isso para as pessoas”, reforça Cerutti. E é com esse objetivo em mente que a iniciativa é organizada e é para isso que os voluntários trabalham, tanto que o Pegaí tem como missão aproximar livros sem leitores de leitores sem livros.
Presente em 15 municípios, com 67 estantes, mais de 170 voluntários e inúmeras empresas, editoras e escritores que acreditam na importância da leitura, o Pegaí já tem sete anos de história e segue trabalhando com foco na continuidade. “O livro só faz sentido se ele estiver circulando. Todas as iniciativas e todas as decisões que o Pegaí toma são, simplesmente, para promover o acesso a leitura. E quando a gente cria um leitor, ele é leitor para a vida toda. Por isso temos o cuidado e a preocupação de termos continuidade e termos mais livros”, conclui Cerutti.
O vídeo completo da LIVE #JabutiConvida pode ser acessado através do canal da CBL no Youtube.