13/07/2022
De autoria de Lucíola Morais, o livro traz uma abordagem sobre aspectos sociais e ambientais pertinentes para os dias atuais.
Da janela da sua casa, uma garotinha observa uma floresta especial, cheia de encantos e que carrega um segredo. O livro “A Minha Floresta”, de Lucíola Morais, publicado pela editora Duna Dueto, é o próximo título a ser disponibilizado nas estantes do Instituto Pegaí Leitura Grátis. Os seis mil exemplares serão disponibilizados a partir desta quarta-feira (13), nas 16 cidades que o Pegaí está presente e ainda, no projeto Alimentando Mentes.
Num tempo em que cuidar do planeta é primordial para o nosso futuro, “A Minha Floresta” carrega uma lição de visão de mundo necessária e atual para os dias em que vivemos. “Eu acredito muito em pensar no global e agir no local. Falamos frequentemente em cuidar da Amazônia, mas eu, por exemplo, não estou lá. Temos, então, que pensar no que está mais próximo da gente. Com a leitura desse livro eu espero que as pessoas pensem justamente nisso, que devemos cuidar da Amazônia, da Mata Atlântica, mas, se pudermos agir no local, naquilo que está próximo de nós já é uma grande conquista”, explica a autora, que revela que escreveu o livro pensando nas pessoas que moram em lugares onde a natureza não está tão próxima.
Ilustrado por Dilce Laranjeira, “A Minha Floresta” é o segundo livro de Lucíola, e o terceiro título da editora Duna Dueto a ser disponibilizado nas estantes do Pegaí. Tanto a autora, quanto a editora cederam os direitos de impressão para o Instituto. Filha de professores, a caçula de três irmãs cresceu cercada de livros. “Em casa haviam muitas estantes repletas de livros. Eu lia um e já corria para pegar outro”. A relação com a leitura rendeu bons frutos. Além de carregar na bagagem três livros publicados, Lucíola é editora. “Eu comecei a escrever um pouco mais tarde, na época da faculdade. Depois de me formar em Serviço Social pela PUC-SP, fui cursar editoração na Escola de Comunicação e Artes da USP. Mas, já na PUC pensava em trabalhar com livros”.
Embora suas obras sejam voltadas para o público infantojuvenil, a autora acredita que livros precisam carregar emoção e atrair adultos e crianças. “Uma coisa que eu li recentemente e que o C.S Lewis falou é que um livro infantil realmente bom, não deve ser um livro que só as crianças gostem, ele tem que cativar os adultos também”.
Além de criar boas histórias, um dos grandes desafios de autores e editoras, atualmente, é concorrer com as tecnologias digitais. Games, tablets, celulares, streaming tudo que hoje tem prendido a cabeça da garotada e do público adulto também. E por isso, a autora acredita que a família e a escola têm um papel fundamental nesse processo. “Temos que apresentar aos nossos leitores coisas novas. A família e a escola também precisam cativar o aluno para a leitura e mostrar o livro como uma coisa legal e interessante. Não como uma obrigação, mas algo que seja diversão e lazer. O pessoal até brinca que quem vive sem ler, vive só a sua própria vida, e quem vive com a leitura vive outras vidas. A leitura nos proporciona experiências, que talvez nós não tivéssemos fora do livro”.
Com a viabilização da impressão de “A Minha Floresta”, o acervo de livros do Pegaí já soma mais de 476 mil exemplares. Segundo dados do Instituto, até o mês de junho deste ano foram contabilizados mais de 77 mil livros disponibilizados no projeto Alimentando Mentes, aproximadamente 8,5 mil livros restaurados e 164 pontos de coleta. A impressão do livro de julho teve o patrocínio das empresas Dal Col Combustíveis, ALB Vídeo, Churrascaria Du Sul Brasileiro, BO Paper Brasil Indústria de Papel (que doou o papel usado no miolo) e Papirus Indústria de Papel (que doou o papelcartão da capa). Também foram utilizados recursos oriundos do Programa Nota Paraná, a partir dos cupons fiscais doados por pessoas físicas para a campanha ‘Transforme seu cupom sem CPF em Leitura’. “Eu fico super feliz em saber que existem voluntários e empresas que se preocupam em oferecer leitura grátis para as pessoas. Como escritora e editora é uma forma de chegar a leitores que talvez nunca conhecessem os nossos livros. Então é uma alegria enorme participar desse projeto”, destaca a autora.