Em dezembro de 2013, o idealizador do Projeto Pegaí, Idomar Cerutti, ganhou de presente o livro “Saí da Microsoft para mudar o mundo”, de John Wood. Saiba o que essa atitude gerou ao projeto.

 

Em dezembro de 2013, o idealizador do projeto Pegaí, Idomar Cerutti, ganhou de presente de um ex-aluno da Universidade Estadual de Ponta Grossa o livro “Saí da Microsoft para mudar o mundo”, escrito por John Wood.

Depois de ler a história, Cerutti decidiu enviar um e-mail para um dos escritórios da organização criada por Wood, “Room to Read” (Sala de leitura), contando sobre o “Pegaí” e perguntando se havia alguma maneira de apoiarem o projeto. No entanto, a parceria não poderia acontecer porque que a organização não atua no Brasil.

Insatisfeito com a resposta, Cerutti escreveu diretamente para John Wood, falando sobre como conheceu a sua história, parabenizando pelo belo trabalho e perguntando, mais uma vez, se era possível – embora o “Room to Read” não atuasse no nosso país – doar apenas um exemplar de seu livro para que servisse de exemplo a outras pessoas.

Foram apenas cinco horas até que Wood retornasse ao e–mail de Cerutti, colocando-o em contato com Tomas Pereira, publisher na editora Sextante – responsável pela publicação na versão em português do livro. Na mensagem para Pereira, compartilhada com Cerutti, Wood escreveu: “Esse projeto [Pegaí] parece ser muito valioso e eu adoraria que nós doássemos alguns livros”.

Somos gratos ao John Wood por contar-nos a sua história através de um livro e agradecemos Tomas Pereira por acreditar e apoiar o nosso Projeto.

Entenda porque o livro de John Wood chamou a atenção de Idomar Cerutti

Wood era um executivo da Microsoft. Tinha um importante cargo e um alto salário na empresa, porém, sentia que algo faltava. Foi durante as suas férias no Nepal – um país pobre, situado na encosta da cordilheira do Himalaia, no centro da Ásia, entre o Tibete e a Índia – quando ele conheceu um senhor que o levou até uma escola local. Wood pediu para ver a biblioteca da instituição, mas, para a sua surpresa, encontrou um armário fechado à chave, com poucos livros dentro. Como era um leitor assíduo desde a infância, não conseguiu compreender como poderia existir uma escola sem livros.

Na despedida, o diretor daquela escola lhe disse: “Quem sabe no próximo ano você vem nos visitar e traz alguns livros para as crianças”.

De volta ao trabalho na Microsoft, Wood começou a organizar uma forma de enviar livros para lá. Pediu ajuda aos amigos e conseguiu arrecadar milhares de títulos. No entanto, não ficou contente com apenas essa ação, pois sabia que podia fazer mais.

Decidiu então sair da empresa e fundar uma organização sem fins lucrativos para construir escolas e bibliotecas e enviar livros para países pobres.

Foi assim que nasceu, em 2000, a “Room to Read” (Sala de leitura – www.roomtoread.org). Através dela, 1.752 escolas foram construídas e 16.060 bibliotecas criadas. A organização já distribuiu 13,3 milhões de livros e ofereceu 25.703 bolsas de estudo para meninas carentes. Até agora, mais de 8,8 milhões de crianças de sete países (Nepal, Vietnã, Camboja, Índia, Sri Lanka, Laos e África do Sul) foram beneficiadas e a meta é atingir 10 milhões até 2015.