O Instituto Pegaí esteve presente no Congresso “As conquistas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) e os desafios dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS)” realizado pelo Sesi Paraná em Curitiba nesta quinta-feira, dia 20. O idealizador Idomar Augusto Cerutti apresentou a proposta de Leitura Grátis instituída há dois anos em Ponta Grossa na Mostra Dialogada de Projetos, que contou com a presença de centenas de boas práticas de todo o Paraná. Para Cerutti, o evento foi válido para o compartilhamento de ideias. “Além disso, pude mensurar um pouco do alcance do Pegaí. Algumas das pessoas de outras cidades do Estado para quem apresentei a proposta, já a conheciam”, exulta.

O Instituto Pegaí é uma das instituições ligadas ao Movimento Nós Podemos Campos Gerais, que levou outros voluntários ao evento, que além da mostra dialogada contou com palestras sobre o tema ODM e ODS e a premiação do Selo ODM 2015, que reconhece práticas de instituições pelo alcance dos Objetivos. “É muito importante os Núcleos locais participarem de discussões como estas, já que ao final deste ano teremos novos 17 objetivos, com os ODS. E teremos novos desafios”, avalia a diretora administrativa da AMCG e voluntária do Núcleo, Katiane Pires Ferancini.

No painel realizado pela manhã, convidados abordaram as conquistas dos ODMs que terão seu prazo encerrado ao final de 2015. Para o oficial do Pnud, no contexto brasileiro, o único indicador em que o país ainda não alcançou plenamente a meta idealizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), foi o ODM 5, que visa melhorar a saúde das gestantes. Mas ainda teve um avanço significativo levando em conta dados de 1991 a 2011 que apontam a queda de morte entre gestantes em 55%. “Para o pós-2015, os problemas e os desafios dos ODM permanecem, mas a nova agenda evoluirá para objetivos mais amplos”, explicou, completando que os ODS enfrentarão uma etapa mais ambiciosa. “O ODM era focado mais no social. O ODS encontrou um equilíbrio entre três dimensões: social, econômica e ambiental”, avalia Carvalho. Outra diferença entre o ODM e o ODS citada foi que o primeiro era focado mais aos países em desenvolvimento e que o pós-2015 deverá ser para todos os países, com “objetivos globais”.

Apesar de contar com metas mais ambiciosas, o oficial do Pnud destaca que as práticas mais simples podem fazer a diferença. Exemplo disso foram as centenas de projetos apresentados durante a Mostra Dialogada proveniente das mais diversas cidades do Paraná, além das 187 práticas reconhecidas através do Selo ODM 2015. Mas não foram somente as práticas do Paraná que foram destacadas no Congresso. Os Caçadores de bons exemplos (http://www.cacadoresdebonsexemplos.com.br/) apresentaram um pouco de sua experiência em práticas que mudam o mundo. Em seu site podem ser encontrados 1.185 bons exemplos espalhados de norte a sul do país. “Antes de sermos caçadores de bons exemplos nos perguntávamos qual o sentido da vida. Hoje sabemos que o sentido da vida é dar sentido a vida de outras pessoas”, simplificou Iara, explicando o que fez a mudança em sua vida e na vida de seu marido Eduardo.