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‘A bruxa do batom borrado’ é o novo livro impresso pelo Pegaí
05/08/2021

Instituto chega à marca de 27 mil exemplares impressos em 2021, com patrocínio de empresas e recursos do Nota Paraná

Ouça a matéria no podcast Pegaí Notícias #1:

Foto: Bruna Wambier

Uma bruxa do bem e seus quatro novos amigos chegaram com tudo no Instituto Pegaí Leitura Grátis para ajudar na nobre missão de ‘aproximar livros sem leitores de leitores sem livros’. Eles são os personagens de ‘A bruxa do batom borrado’, obra infantil do escritor Anderson Novello, com ilustrações de Alessandra Tozi, que ganhou uma tiragem especial com 5 mil novos exemplares.

Mais da metade dos livros impressos será incluída no projeto Alimentando Mentes, um dos braços do Instituto Pegaí que acrescenta literatura aos kits de alimentos distribuídos por escolas, igrejas e instituições. A cada mês, cerca de 3 mil famílias recebem um livro novo e embalado, pronto para ser degustado e entregue posteriormente nas caixas de coleta do Pegaí, para que o compartilhamento continue. Já a outra metade da tiragem será disponibilizada nas 67 estantes localizadas em Ponta Grossa e outras 14 cidades paranaenses (encontre uma estante e veja se ela está aberta ou fechada temporariamente no site www.pegai.info/estantes-pegai). 

“Acredito que iniciativas como o Pegaí só ajudam os autores e ilustradores a serem ainda mais lidos. É um real acesso à leitura, pois é simplesmente pegar, ler e devolver”, destaca Alessandra. Para Novello, toda divulgação positiva do autor e sua obra é bem-vinda. “Mas, podemos ir além desse pensamento pragmático: sem o leitor, um livro é apenas um objeto de ciclo incompleto. A realização de um escritor acontece quando seu livro encontra um leitor. E é exatamente essa a missão do Instituto Pegaí”, diz.

A impressão de ‘A bruxa do batom borrado’ tem o patrocínio das empresas Elis Brasil, Huhtamaki do Brasil, iPrint Gráfica, BO Paper Brasil Indústria de Papel (que doou o papel usado no miolo) e Papirus Indústria de Papel (que doou o papelcartão da capa). Além disso, parte dos custos foi bancado novamente com recursos do Programa Nota Paraná, a partir dos cupons fiscais doados por pessoas físicas para a campanha ‘Transforme seu cupom sem CPF em Leitura’.

Temáticas humanas em destaque

‘A bruxa do batom borrado’ foi impressa pela primeira vez em 2016, sendo a primeira obra de Anderson Novello, natural de Palmeira/PR e atualmente morando em Curitiba. “Fico feliz e realizado em vê-lo ganhando vida nas mãos de professoras, crianças, mamães, papais, contadores de histórias, atores e atrizes. No YouTube há dezenas de versões e dramatizações da história”, conta ele. O livro abriu caminho para outras publicações: ‘O pintinho ruivo de raiva’, ‘Filomenos, o cabrito aflito’, ‘Anacrônicas e quase inventadas’, ‘As três tias de Matias’ e ‘Carta para tia Tita’.

Foto: Bruna Wambier

Anderson defende que a Literatura tem o poder de expansão da consciência quando nos ajuda a enxergar outros modos possíveis de viver e de ver o mundo, diferentes do nosso. “E, se consigo ‘ver o outro’, acabo por educar meu senso de coletividade e experimento um processo de humanização. Isso quer dizer que, do conforto do meu ambiente de leitura, posso acessar qualquer temática humana: o medo, a lealdade, a traição, as desavenças, a empatia, o arrependimento, a vida, a morte. É como se a Literatura conseguisse antecipar, por amostragem, aquilo que vou enfrentar na ‘vida real’ e, assim sendo, me torno mais preparado para esse enfrentamento”, argumenta o escritor.

Com visual inspirado na designer de interiores Iris Apfel, ícone da moda que irá completar 100 anos em 29 de agosto, a personagem principal gosta de se embelezar e se vestir bem. “Ela é uma mulher completa em si mesma. Leva a vida de maneira introspectiva, centrada nas suas próprias necessidades e paixões”, conta a ilustradora da obra, Alessandra Tozi. Em sua sala, que tem detalhes bem aconchegantes, na companhia de um gato e de uma aranha, a personagem segue diariamente seus rituais particulares, como tomar chá e passar batom.

“Pessoas que saem do esquema social e que estão a serviço de si mesmas geralmente são percebidas como estranhas, e em algum  período da história da sociedade até como bruxas ou bruxos. Pessoas assim geram um certo mistério na cabeça das outras pessoas que estão ao redor, que criam fantasias e um certo medo. Mas, na realidade, são seres humanos igual a qualquer outro, querendo ser amado e feliz do seu jeito”, sublinha Alessandra.